Na tarde desta quinta-feira, no bairro Matola-Gare activistas de diferentes organizações junto dos defensores de saúde pela ASSCODECHA no âmbito do programa Monitoria Liderada pela Comunidade (MLC) realizam uma sessão educativa a fim de promover os direitos dos utentes nas unidades sanitárias. Para além da divulgação dos direitos e deveres dos utentes, durante a auscultação falou-se de casos de violação dos direitos de saúde, como casos de violência física, psicológica e financeira.

Durante a auscultação, a comunidade e os líderes locais ficaram a saber dos seus direitos e formas de requer um direito violado, bem assim, a importância de fazer a avaliação do atendimento na Unidade sanitária através de livro de reclamações e sugestões, caixa de avaliação, linha verde e contatos para denúncias, em caso de cobranças ilícitas.

A prioridade no atendimento mereceu atenção dos activistas durante a interação com a comunidade, para esclarecer a esta que há casos em que as pessoas devem serem atendidas com urgência em função do seu estado clínico, não significando tratar-se de suborno, conforme uma das conselheiras comunitárias.

As activistas apelaram sigilo aos chefes de quarteirões para casos de seguimentos de doente em situação de abandono ou faltas contínuas “Nós vamos a casa dos chefes de quarteirões e nos apresentamos como agentes de saúde e é importante que os chefes em situação alguma revele o estado clinico do residente a quem quer que seja, pois, isso viola a integridade, privacidade e sigilo como um direito humano”.

 As defensoras de saúde depois de sua intervenção sobre os direitos e deveres dos utentes nas Unidade sanitárias, asseguraram dar seguimentos das barreiras apresentadas pela comunidade. “Depois da apresentação das barreiras, vamos desenhar o plano de acção e avaliar o grau de priorização de tal sorte que vejamos resolvidas estas barreiras a curto prazo”, afirmou Carolina Chilavi Defensora de Saúde pelo programa Monitoria Liderada pela Comunidade.

Fátima Abdala, Supervisora das Conselheiras Comunitárias, faz uma avaliação positiva do evento tendo em conta o alcance dos objetivos da mesma “profissionalismo, cordialidade, humanização e melhoria do atendimento dos serviços de saúde à comunidade”. Abdala atenta-se também para a representatividade de vários organismos que fortalece e enriquece as auscultações.

Essas actividade enquadram-se no âmbito de melhoria do atendimento nas unidades sanitárias, principalmente a grupos vulneráveis, tendo o apoio do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio do SIDA – PEPFAR.